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Apêndice 2: A Circuncisão e o Cristão

CIRCUNCISÃO: UM MANDAMENTO QUE QUASE TODAS AS IGREJAS CONSIDERAM ABOLIDO

Entre todos os santos mandamentos de Deus, a circuncisão parece ser o único que quase todas as igrejas erroneamente consideram abolido. O consenso é tão amplo que até antigos rivais doutrinários — como a Igreja Católica e denominações protestantes (Assembleia de Deus, Adventista, Batista, Presbiteriana, Congregação, etc.) —, bem como grupos frequentemente rotulados como seitas, como os Mórmons e as Testemunhas de Jeová, todos afirmam que este mandamento foi cancelado na cruz.

JESUS NUNCA ENSINOU SEU CANCELAMENTO

Há duas razões principais para essa crença ser tão difundida entre os cristãos, apesar do fato de que Jesus nunca ensinou tal doutrina e de que todos os apóstolos e discípulos de Jesus obedeceram a esse mandamento — incluindo Paulo, cujos escritos são frequentemente usados por líderes para “liberar” os gentios desse requisito estabelecido pelo próprio Deus.

Isso acontece mesmo sem haver qualquer profecia no Antigo Testamento sugerindo que, com a vinda do Messias, o povo de Deus — judeus ou gentios — estaria isento de obedecer a esse mandamento. Na verdade, desde o tempo de Abraão, a circuncisão sempre foi exigida para que qualquer homem fizesse parte do povo que Deus separou para ser salvo, independentemente de ser ou não um descendente de Abraão.

A CIRCUNCISÃO COMO SINAL DO PACTO ETERNO

Ninguém era admitido na comunidade santa (separada das demais nações) sem se submeter à circuncisão. A circuncisão era o sinal físico do pacto entre Deus e Seu povo privilegiado.

Além disso, esse pacto não era limitado a um período específico nem aos descendentes biológicos de Abraão; ele também incluía todos os gentios que desejassem ser oficialmente integrados à comunidade e considerados iguais perante Deus. O Senhor foi explícito: “Isso se aplica não apenas aos nascidos em sua casa, mas também aos servos estrangeiros que você comprou. Quer tenham nascido em sua casa ou tenham sido comprados com seu dinheiro, eles devem ser circuncidados. Meu pacto na sua carne será um pacto eterno” (Gênesis 17:12-13).

OS GENTIOS E A EXIGÊNCIA DA CIRCUNCISÃO

Se os gentios realmente não precisassem desse sinal físico para se tornarem parte do povo separado pelo Senhor, não haveria razão para Deus exigir a circuncisão antes da vinda do Messias, mas não depois.

NENHUM SUPORTE PROFÉTICO PARA UMA MUDANÇA

Para que essa ideia fosse verdadeira, seria necessário que houvesse informações nesse sentido nas profecias, e Jesus teria que nos informar que essa mudança ocorreria após Sua ascensão. No entanto, não há nenhuma menção no Antigo Testamento sobre a inclusão dos gentios no povo de Deus que sugira que eles estariam isentos de qualquer mandamento, incluindo a circuncisão, simplesmente por não serem descendentes biológicos de Abraão.

DUAS RAZÕES COMUMENTE UTILIZADAS PARA NÃO OBEDECER A ESTE MANDAMENTO DE DEUS

PRIMEIRA RAZÃO:

AS IGREJAS ENSINAM ERRONEAMENTE QUE O MANDAMENTO DA CIRCUNCISÃO FOI CANCELADO

A primeira razão pela qual as igrejas ensinam que a lei de Deus sobre a circuncisão foi cancelada (sem especificar quem supostamente a cancelou) está na dificuldade de cumprir esse mandamento. Os líderes religiosos temem que, se aceitarem e ensinarem a verdade — que Deus nunca deu qualquer instrução para aboli-lo —, perderiam muitos membros.

De modo geral, este mandamento é, de fato, inconveniente de cumprir. Sempre foi e continua sendo. Mesmo com os avanços médicos, um cristão que decide obedecer a esse mandamento precisa encontrar um profissional, pagar do próprio bolso (já que a maioria dos planos de saúde não cobre o procedimento), passar pela cirurgia, lidar com os incômodos do pós-operatório e enfrentar o estigma social, além da oposição de familiares, amigos e da própria igreja.

TESTEMUNHO PESSOAL

Um homem precisa estar verdadeiramente determinado a obedecer a este mandamento do Senhor para levá-lo adiante; caso contrário, desistirá com facilidade. Há incentivo de sobra para abandonar esse caminho. Sei disso porque eu mesmo passei por isso aos 63 anos, quando fui circuncidado em obediência ao mandamento.

SEGUNDA RAZÃO:

FALTA DE COMPREENSÃO SOBRE DELEGAÇÃO OU AUTORIZAÇÃO DIVINA

A segunda razão, e certamente a principal, é que a igreja carece de uma compreensão adequada sobre delegação ou autorização divina. Esse equívoco foi explorado desde cedo pelo diabo, quando, apenas algumas décadas após a ascensão de Jesus, começaram as disputas por poder entre os líderes da igreja, culminando na conclusão absurda de que Deus teria delegado a Pedro e a seus supostos sucessores a autoridade para fazer qualquer alteração que desejassem na Lei de Deus.

Um grupo de israelitas na antiga Jerusalém conversando em uma rua escura segurando uma tocha.
Assim que Jesus retornou ao Pai, o diabo começou a influenciar os líderes da igreja para afastar os gentios dos mandamentos eternos de Deus.

Essa aberração se estendeu muito além da circuncisão, afetando muitos outros mandamentos do Antigo Testamento, os quais Jesus e Seus seguidores sempre obedeceram fielmente.

AUTORIDADE SOBRE A LEI DE DEUS

Inspirada pelo diabo, a igreja ignorou o fato de que qualquer delegação de autoridade sobre a santa Lei de Deus teria que vir diretamente do próprio Deus — seja através de Seus profetas no Antigo Testamento ou de Seu Messias.

É inconcebível que meros seres humanos se outorguem a autoridade para alterar algo tão precioso para Deus como Sua Lei. Nenhum profeta do Senhor, nem Jesus, jamais nos alertou que o Pai, após o Messias, concederia a qualquer grupo ou indivíduo, dentro ou fora da Bíblia, o poder ou a inspiração para anular, abolir, modificar ou atualizar sequer o menor de Seus mandamentos. Pelo contrário, o Senhor declarou explicitamente que isso seria um grave pecado: Nada acrescentem às palavras que eu lhes ordeno e delas nada retirem, mas guardem os mandamentos do Senhor, o seu Deus, que eu lhes ordeno” (Deuteronômio 4:2).

A PERDA DA INDIVIDUALIDADE NO RELACIONAMENTO COM DEUS

A IGREJA COMO UM INTERMEDIÁRIO ENTRE O HOMEM E DEUS

Outro problema crítico é a perda da individualidade no relacionamento entre a criatura e o Criador. O papel da igreja nunca foi o de atuar como um intermediário entre Deus e o homem. No entanto, logo no início da era cristã, ela assumiu essa função.

Em vez de cada cristão, guiado pelo Espírito Santo, relacionar-se individualmente com o Pai e o Filho, as pessoas passaram a depender inteiramente de seus líderes para que lhes dissessem o que o Senhor permite ou proíbe.

ACESSO RESTRITO ÀS ESCRITURAS

Esse problema grave ocorreu, em grande parte, porque, até a Reforma do século XVI, o acesso às Escrituras era um privilégio reservado ao clero. Era expressamente proibido que o homem comum lesse a Bíblia por si mesmo, sob a justificativa de que ele seria incapaz de compreendê-la sem a interpretação clerical.

A INFLUÊNCIA DOS LÍDERES SOBRE O POVO

DEPENDÊNCIA DOS ENSINAMENTOS DOS LÍDERES

Cinco séculos se passaram, e apesar do acesso universal às Escrituras, as pessoas continuam a depender exclusivamente do que seus líderes ensinam — certo ou errado — permanecendo incapazes de aprender e agir independentemente em relação ao que Deus exige de cada indivíduo.

Os mesmos ensinamentos errôneos sobre os santos e eternos mandamentos de Deus, que existiam antes da Reforma, continuam sendo transmitidos através dos seminários de todas as denominações.

O ENSINO DE JESUS SOBRE A LEI

Até onde sei, não há uma única instituição cristã que ensine seus futuros líderes o que Jesus claramente ensinou: que nenhum mandamento de Deus perdeu sua validade após a vinda do Messias:

“Porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes menores mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; mas aquele que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus” (Mateus 5:18-19).

OBEDIÊNCIA PARCIAL EM ALGUMAS DENOMINAÇÕES

ADESÃO SELETIVA AOS MANDAMENTOS DE DEUS

Algumas denominações se esforçam para ensinar que os mandamentos do Senhor são eternamente válidos e que nenhum escritor bíblico após o Messias escreveu contra esse entendimento. No entanto, por alguma razão misteriosa, elas limitam a lista de mandamentos válidos àqueles que outras igrejas decidiram declarar abolidos.

Essas denominações enfatizam os Dez Mandamentos (incluindo o sábado, o sétimo dia do quarto mandamento) e as leis dietéticas de Levítico 11, mas não vão além disso.

A INCONSISTÊNCIA DA SELETIVIDADE

O mais curioso é que essas seleções específicas não são acompanhadas por qualquer justificativa clara baseada no Antigo Testamento ou nos quatro Evangelhos que explique por que esses mandamentos em particular são obrigatórios, enquanto outros, como o uso do cabelo e barba, o tzitzit ou a circuncisão, não são mencionados ou defendidos.

Isso levanta a questão: se todos os mandamentos do Senhor são santos e justos, por que escolher obedecer a alguns e não a todos?

O PACTO ETERNO

A CIRCUNCISÃO COMO SINAL DO PACTO

A circuncisão é o comprovante físico do pacto eterno entre Deus e Seu povo, um grupo de seres humanos santos e separados do restante da população. Esse grupo sempre esteve aberto a todos e nunca foi limitado aos descendentes biológicos de Abraão, como alguns assumem.

Uma antiga pintura do artista Giovanni Bellini apresenta a circuncisão de Jesus, com José e Maria.
Uma pintura do século XV do artista Giovanni Bellini apresenta Jesus sendo circuncidado por rabinos, acompanhado por José e Maria.

Desde o momento em que Deus estabeleceu Abraão como o primeiro desse grupo, o Senhor instituiu a circuncisão como um sinal visível e eterno do pacto. Ficou claro que tanto seus descendentes naturais quanto aqueles que não pertenciam à sua linhagem precisariam desse sinal físico do pacto, caso desejassem fazer parte do Seu povo.

OS ESCRITOS DO APÓSTOLO PAULO COMO ARGUMENTO PARA NÃO OBEDECER ÀS LEIS ETERNAS DE DEUS

A INFLUÊNCIA DE MARCIÃO NO CÂNON BÍBLICO

Uma das primeiras tentativas de compilar os diversos escritos que surgiram após a ascensão de Cristo foi feita por Marcião (85 – 160 d.C.), um rico proprietário de navios do século II. Marcião era um seguidor fervoroso de Paulo, mas desprezava os judeus.

Sua Bíblia era composta principalmente pelos escritos de Paulo e por um evangelho próprio, que muitos consideram uma versão plagiada do Evangelho de Lucas. Marcião rejeitou todos os outros evangelhos e epístolas, descartando-os como não inspirados. Em sua Bíblia, todas as referências ao Antigo Testamento foram removidas, pois ele ensinava que o Deus anterior a Jesus não era o mesmo Deus proclamado por Paulo.

A Bíblia de Marcião foi rejeitada pela Igreja de Roma, e ele foi condenado como herege. No entanto, sua visão de que apenas os escritos do apóstolo Paulo eram inspirados por Deus, juntamente com sua rejeição de todo o Antigo Testamento e dos Evangelhos de Mateus, Marcos e João, já havia influenciado as crenças de muitos dos primeiros cristãos.

O PRIMEIRO CÂNON OFICIAL DA IGREJA CATÓLICA

O DESENVOLVIMENTO DO CÂNON DO NOVO TESTAMENTO

O primeiro cânon do Novo Testamento foi oficialmente reconhecido no final do século IV, cerca de 350 anos depois que Jesus retornou ao Pai. Os concílios da Igreja Católica em Roma, Hipona (393) e Cartago (397), desempenharam um papel fundamental na definição dos 27 livros do Novo Testamento que conhecemos hoje.

Esses concílios foram essenciais para consolidar o cânon e enfrentar as diversas interpretações e textos que circulavam entre as comunidades cristãs.

O PAPEL DOS BISPOS DE ROMA NA FORMAÇÃO DA BÍBLIA

APROVAÇÃO E INCLUSÃO DAS CARTAS DE PAULO

As cartas de Paulo foram incluídas na coleção de escritos aprovados por Roma no século IV. Essa coleção, considerada sagrada pela Igreja Católica, foi chamada de Biblia Sacra em latim e Τὰ βιβλία τὰ ἅγια (ta biblia ta hagia) em grego.

Após séculos de debates sobre quais escritos deveriam compor o cânon oficial, os bispos da Igreja aprovaram e declararam como sagrados: o Antigo Testamento judaico, os quatro Evangelhos, o Livro de Atos (atribuído a Lucas), as epístolas às igrejas (incluindo as cartas de Paulo) e o Livro do Apocalipse, de João.

O USO DO ANTIGO TESTAMENTO NO TEMPO DE JESUS

É importante notar que, no tempo de Jesus, todos os judeus, incluindo o próprio Jesus, liam e referenciavam exclusivamente o Antigo Testamento em seus ensinamentos. Essa prática baseava-se predominantemente na versão grega do texto, conhecida como a Septuaginta, que havia sido compilada cerca de três séculos antes de Cristo.

O DESAFIO DE INTERPRETAR OS ESCRITOS DE PAULO

COMPLEXIDADE E MÁS INTERPRETAÇÕES

Os escritos de Paulo, assim como os de outros autores posteriores a Jesus, foram incorporados à Bíblia oficial aprovada pela Igreja há muitos séculos e, por isso, são considerados fundamentais para a fé cristã.

No entanto, o problema não está em Paulo, mas nas interpretações que fazem de seus escritos. Suas cartas foram escritas em um estilo complexo e difícil, um desafio já reconhecido em sua época (como observado em 2 Pedro 3:16), quando o contexto cultural e histórico ainda era familiar aos leitores. Interpretar esses textos séculos depois, em um contexto completamente diferente, torna essa dificuldade ainda maior.

A QUESTÃO DA AUTORIDADE E DAS INTERPRETAÇÕES

O PROBLEMA DA AUTORIDADE DE PAULO

A questão central não é a relevância dos escritos de Paulo, mas o princípio fundamental da autoridade e sua transferência. Como já explicado, a autoridade que a Igreja atribui a Paulo para cancelar, abolir, corrigir ou atualizar os santos e eternos mandamentos de Deus não é respaldada pelas Escrituras que o precederam. Portanto, essa autoridade não provém do Senhor.

Não há nenhuma profecia no Antigo Testamento ou nos Evangelhos indicando que, após o Messias, Deus enviaria um homem de Tarso a quem todos deveriam ouvir e seguir.

ALINHANDO AS INTERPRETAÇÕES COM O ANTIGO TESTAMENTO E OS EVANGELHOS

A NECESSIDADE DE CONSISTÊNCIA

Isso significa que qualquer compreensão ou interpretação dos escritos de Paulo está errada se não estiver alinhada com as revelações que o precederam. Portanto, um cristão que realmente teme a Deus e Sua Palavra deve rejeitar qualquer interpretação das epístolas — seja de Paulo ou de qualquer outro escritor — que não seja consistente com o que o Senhor revelou por meio de Seus profetas no Antigo Testamento e de Seu Messias, Jesus.

HUMILDADE NA INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS

O cristão deve ter a sabedoria e a humildade de dizer:
“Eu não entendo esta passagem, e as explicações que li são falsas porque não têm o respaldo dos profetas do Senhor e das palavras ditas por Jesus. Vou deixá-la de lado até que, se for da vontade do Senhor, Ele me esclareça.”

UM GRANDE TESTE PARA OS GENTIOS

UM TESTE DE OBEDIÊNCIA E FÉ

Isso pode ser considerado um dos testes mais significativos que o Senhor escolheu impor aos gentios, um teste análogo ao que o povo judeu enfrentou durante sua jornada rumo a Canaã. Como está escrito em Deuteronômio 8:2: “Lembra-te de como o Senhor, teu Deus, te conduziu por todo o caminho no deserto durante estes quarenta anos, para te humilhar e te pôr à prova, a fim de saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os Seus mandamentos.”

IDENTIFICANDO OS GENTIOS OBEDIENTES

Nesse contexto, o Senhor busca identificar quais gentios estão verdadeiramente dispostos a se unir ao Seu povo santo. São aqueles que decidem obedecer a todos os mandamentos, incluindo a circuncisão, apesar da intensa pressão da igreja e das inúmeras passagens nas cartas às igrejas que aparentemente sugerem que vários mandamentos — descritos como eternos nos profetas e nos Evangelhos — foram revogados para os gentios.

A CIRCUNCISÃO DA CARNE E DO CORAÇÃO

UMA ÚNICA CIRCUNCISÃO: FÍSICA E ESPIRITUAL

É importante esclarecer que não existem dois tipos de circuncisão, mas apenas um: o físico. Deveria ser evidente para todos que a expressão “circuncisão do coração”, usada ao longo da Bíblia, é puramente figurativa, assim como “coração quebrantado” ou “coração alegre”.

Quando a Bíblia afirma que alguém é “incircunciso de coração”, isso simplesmente significa que a pessoa não está vivendo como deveria, como alguém que realmente ama a Deus e está disposto a obedecê-Lo.

EXEMPLOS DAS ESCRITURAS

Em outras palavras, esse homem pode ter sido fisicamente circuncidado, mas seu modo de vida não está alinhado com a vida que Deus espera de Seu povo. Por meio do profeta Jeremias, Deus declarou que toda a nação de Israel estava em um estado de “incircuncisão de coração”:

“Pois todas as nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração” (Jeremias 9:26).

É evidente que todos eram fisicamente circuncidados, mas, ao se afastarem de Deus e abandonarem Sua santa Lei, foram julgados como incircuncisos de coração.

A NECESSIDADE DA CIRCUNCISÃO FÍSICA E DO CORAÇÃO

Todos os filhos homens de Deus, sejam judeus ou gentios, devem ser circuncidados — não apenas fisicamente, mas também de coração. Isso fica claro nestas palavras diretas:

“Assim diz o Soberano Senhor: Nenhum gentio, entre os filhos de Israel ou entre os que vivem no meio deles, entrará no meu santuário, a menos que seja circuncidado no corpo e no coração” (Ezequiel 44:9).

PRINCIPAIS CONCLUSÕES

  1. O conceito de circuncisão do coração sempre existiu e não foi introduzido no Novo Testamento como uma substituição da verdadeira circuncisão física.
  2. A circuncisão é exigida de todos os que fazem parte do povo de Deus, sejam judeus ou gentios.

CIRCUNCISÃO E O BATISMO NAS ÁGUAS

UMA SUBSTITUIÇÃO FALSA

Alguns acreditam erroneamente que o batismo nas águas foi instituído para os cristãos como um substituto da circuncisão. No entanto, essa afirmação é uma invenção puramente humana, uma tentativa de evitar a obediência ao mandamento do Senhor.

Se tal alegação fosse verdadeira, esperaríamos encontrar passagens nos profetas ou nos Evangelhos indicando que, após a ascensão do Messias, Deus não exigiria mais a circuncisão dos gentios que desejassem se unir ao Seu povo e que o batismo tomaria seu lugar. No entanto, tais passagens simplesmente não existem.

A ORIGEM DO BATISMO NAS ÁGUAS

Além disso, é importante notar que o batismo nas águas antecede o cristianismo. João Batista não foi o “inventor” nem o “pioneiro” do batismo.

AS ORIGENS JUDAICAS DO BATISMO (MIKVEH)

O MIKVEH COMO RITUAL DE PURIFICAÇÃO

O batismo, ou mikveh, já era um ritual bem estabelecido de imersão entre os judeus muito antes da época de João Batista. O mikveh simbolizava a purificação do pecado e da impureza ritual.

Uma antiga e rústica mikvah de tijolo e pedra na Alemanha.
Uma antiga mikveh usada para purificação ritual pelos judeus, localizada na cidade de Worms, Alemanha.

Quando um gentio era circuncidado, ele também passava por um mikveh. Esse ato não apenas servia para purificação ritual, mas também simbolizava a morte — sendo “enterrado” na água — de sua antiga vida pagã. Emergir da água, semelhante ao fluido amniótico do ventre materno, simbolizava seu renascimento para uma nova vida como judeu.

JOÃO BATISTA E O MIKVEH

João Batista não estava criando um novo ritual, mas dando um novo significado a um já existente. Em vez de apenas os gentios “morrerem” para suas vidas antigas e “renascerem” como judeus, João chamava também os judeus que viviam em pecado a “morrer” e “renascer” em um ato de arrependimento.

No entanto, essa imersão não era necessariamente um evento único. Os judeus se imergiam sempre que se tornavam ritualmente impuros, como antes de entrar no Templo. Eles também costumavam — e ainda fazem até hoje — realizar a imersão no Yom Kipur como um ato de arrependimento.

DISTINGUINDO BATISMO E CIRCUNCISÃO

FUNÇÕES DISTINTAS DOS RITUAIS

A ideia de que o batismo substituiu a circuncisão não tem apoio nem nas Escrituras nem na prática histórica judaica. Embora o batismo (mikveh) tenha sido e continue sendo um símbolo significativo de arrependimento e purificação, ele nunca teve a intenção de substituir a circuncisão, que é o sinal eterno do pacto de Deus.

Ambos os rituais possuem propósitos e significados distintos, e um não anula o outro.


Apêndice 1: O Mito dos 613 Mandamentos

O MITO DOS 613 MANDAMENTOS E OS VERDADEIROS MANDAMENTOS QUE TODO SERVO DE DEUS DEVE BUSCAR OBEDECER

EQUÍVOCOS COMUNS

Muitas vezes, quando publicamos textos sobre a necessidade de obedecer a todos os mandamentos do Pai e do Filho para a salvação, alguns leitores se irritam e respondem com comentários como: “Se for assim, teremos que guardar todos os 613 mandamentos!”

Tais comentários revelam que a maioria das pessoas não faz ideia de onde surgiu esse número misterioso de mandamentos — que ninguém jamais viu na Bíblia — ou do que ele realmente se trata.

EXPLICANDO A ORIGEM DO MITO

FORMATO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS

Neste estudo, explicaremos a origem desse mito em um formato de perguntas e respostas.

Também esclareceremos quais são os verdadeiros mandamentos de Deus, conforme contidos nas Sagradas Escrituras, que toda pessoa que teme a Deus Pai e espera ser enviada ao Seu Filho para a remissão dos pecados deve buscar obedecer.

Pergunta: O que são os chamados 613 mandamentos?
Resposta: Os 613 mandamentos (613 Mitzvot) foram inventados por rabinos no século XII d.C. para os judeus praticantes. Seu principal autor foi o rabino e filósofo espanhol Moisés Maimônides (1135–1204), também conhecido como Rambam.

Pergunta: Existem realmente 613 mandamentos nas Escrituras?
Resposta: Não. Os verdadeiros mandamentos do Senhor são poucos e simples de obedecer. O diabo inspirou esse mito como parte de seu plano de longo prazo para convencer a humanidade a abandonar a obediência ao Senhor. Essa estratégia está em ação desde o Éden.

Pergunta: De onde veio o número 613?
Resposta: Esse número tem origem na tradição rabínica e no conceito de numerologia hebraica, que atribui um valor numérico a cada letra do alfabeto. Uma dessas tradições afirma que a palavra tzitzit (ציצית), que significa franjas ou cordões (ver Números 15:37-39), tem uma soma numérica de 613 quando suas letras são adicionadas.

Especificamente, segundo o mito, essas franjas teriam um valor numérico inicial de 600. Somando oito fios e cinco nós, chega-se ao total de 613, número que supostamente corresponderia ao total de mandamentos da Torá (os cinco primeiros livros da Bíblia).

Vale ressaltar que o uso do tzitzit é um mandamento legítimo que deve ser obedecido por todos, mas essa conexão com os 613 mandamentos é pura invenção. É uma das muitas “tradições dos anciãos” mencionadas e condenadas por Jesus (ver Mateus 15:1-20). [Veja o estudo sobre o tzitzit]

Pergunta: Como conseguiram tantos mandamentos para atingir o número 613 a partir do tzitzit (franjas)?
Resposta: Com muita dificuldade e criatividade. Eles dividiram mandamentos verdadeiros em vários menores para inflar a contagem. Também incluíram inúmeros mandamentos relacionados a sacerdotes, ao Templo, à agricultura, à pecuária, às festividades e muito mais.

Pergunta: Quais são os verdadeiros mandamentos que devemos nos esforçar para obedecer?
Resposta: Além dos Dez Mandamentos, há alguns outros, todos simples de obedecer. Alguns são específicos para homens ou mulheres, outros para a comunidade, e alguns para grupos específicos, como agricultores e criadores de animais. Muitos mandamentos não se aplicam aos cristãos porque são exclusivos para os descendentes da tribo de Levi ou estão ligados ao Templo em Jerusalém, que foi destruído em 70 d.C.

Precisamos entender que agora, nos tempos finais, Deus está chamando todos os Seus filhos fiéis para se prepararem, pois a qualquer momento Ele nos tirará deste mundo corrupto. Deus levará apenas aqueles que se esforçam para obedecer a todos os Seus mandamentos, sem exceção.

Moisés ao lado de Josué, ensinando a Lei de Deus (todos os Seus mandamentos) ao povo de Israel no Sinai.
Além dos Dez Mandamentos, há alguns outros mandamentos, todos simples de obedecer. Deus instruiu Moisés a nos ensinar o que o Senhor espera de nós.

Não siga os ensinamentos e exemplos de seus líderes, mas siga apenas o que Deus ordenou. Os gentios não estão isentos de nenhum mandamento de Deus:
“A assembleia terá as mesmas leis para vocês e para o gentio [גֵּר gēr (estrangeiro, forasteiro, não judeu)] que reside entre vocês; isto será um decreto perpétuo para todas as suas gerações: perante o Senhor, será o mesmo para vocês e para o gentio que reside entre vocês. A mesma lei e ordenança se aplicarão tanto a vocês quanto ao gentio que reside entre vocês” (Números 15:15-16).

O termo “gentio que reside entre vocês” refere-se a qualquer não judeu que deseja se unir ao povo escolhido de Deus e ser salvo:
“Vocês adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus (João 4:22).

Abaixo estão os mandamentos mais ignorados pelos cristãos, todos eles seguidos por Jesus, Seus apóstolos e discípulos. Jesus é o nosso exemplo.

MANDAMENTOS PARA O HOMEM:

MANDAMENTO PARA A MULHER:

  • Abstinência de relações durante a menstruação:
    “Se um homem se deitar com uma mulher no tempo da sua impureza e descobrir sua nudez… ambos serão eliminados do meio do seu povo” (Levítico 20:18).

MANDAMENTOS PARA A COMUNIDADE:

  • Descanso sabático: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás… mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus” (Êxodo 20:8-11).
    [Acesse o estudo sobre o sábado]
  • Alimentos proibidos: “Dos animais que vivem na terra, estes são os que podereis comer…” (Levítico 11:1-46).
    [Acesse o estudo sobre as carnes proibidas]

Pergunta: Em suas cartas (epístolas), Paulo não disse que Jesus obedeceu todos os mandamentos por nós e os cancelou com Sua morte?
Resposta: Absolutamente não. O próprio Paulo ficaria horrorizado ao ver o que os pastores estão ensinando nas igrejas usando seus escritos. Nenhum ser humano, incluindo Paulo, recebeu autoridade de Deus para mudar sequer uma única letra de Sua santa e eterna Lei.

Se isso fosse verdade, tanto os profetas quanto Jesus teriam sido claros ao dizer que Deus enviaria um certo homem de Tarso com essa autoridade. No entanto, o fato é que Paulo não é mencionado em nenhuma profecia — nem pelos profetas no Tanach (Antigo Testamento) nem pelo Messias nos quatro Evangelhos. Um assunto tão importante não teria sido deixado sem esclarecimento por Deus.

Os profetas mencionam apenas três indivíduos que apareceram no período do Novo Testamento: Judas (Salmoss 41:9), João Batista (Isaías 40:3) e José de Arimateia (Isaías 53:9). Não há qualquer referência a Paulo, e isso ocorre porque ele não ensinou nada que acrescentasse ou contradissesse o que já havia sido revelado pelos profetas ou por Jesus.

Qualquer cristão que acredita que Paulo mudou algo do que foi previamente escrito precisa reconsiderar sua compreensão para se alinhar aos profetas e a Jesus — e não o contrário, como a maioria faz.

Se alguém não consegue fazer os escritos de Paulo se encaixarem com os profetas e com Jesus, é melhor deixá-los de lado do que desobedecer a Deus baseando-se na interpretação das palavras de qualquer homem. Esse argumento não será aceito como desculpa no julgamento final.

Ninguém convencerá o Juiz dizendo: “Sou inocente por ter ignorado Seus mandamentos, pois segui Paulo.”

Eis o que foi revelado sobre os tempos finais:
“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apocalipse 14:12).

Pergunta: O Espírito Santo não inspirou mudanças e cancelamentos na Lei de Deus?
Resposta: Tal ideia beira a blasfêmia. O Espírito Santo é o próprio Espírito de Deus. Jesus deixou claro que o envio do Espírito Santo tinha como propósito nos instruir, relembrando-nos do que Ele já havia dito:
“Ele (o Espírito) vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu vos disse” (João 14:26).

Não há nenhuma menção de que o Espírito Santo traria uma nova doutrina que não tivesse sido ensinada pelo Filho ou pelos profetas do Pai. A salvação é o tema mais importante das Escrituras Sagradas, e toda a informação necessária já havia sido entregue pelos profetas e por Jesus:
“Pois eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, me ordenou [εντολη (entolē) — mandamento, regra, instrução] o que dizer e o que falar. Sei que Seu mandamento [entolē] conduz à vida eterna. Assim, tudo o que digo é exatamente o que o Pai me disse para dizer” (João 12:49-50).

Há uma continuidade nas revelações que termina com Cristo. Sabemos disso porque, conforme já mencionado, não há profecias sobre o envio de nenhum ser humano com novas doutrinas primárias após o Messias. As únicas revelações após a ressurreição tratam dos eventos do fim dos tempos, e não há nada sobre novas doutrinas de Deus surgindo entre Jesus e o fim do mundo.

Todos os mandamentos de Deus são contínuos e eternos, e seremos julgados por eles. Aqueles que agradaram ao Pai foram enviados ao Filho para serem redimidos por Ele. Aqueles que desobedeceram aos mandamentos do Pai não O agradaram e, por isso, não foram enviados ao Filho:
“Por isso vos disse que ninguém pode vir a mim, se pelo Pai não lhe for concedido” (João 6:65).


Parte 2: O Falso Plano de Salvação

A ESTRATÉGIA DE SATANÁS PARA DESVIAR OS GENTIOS

A NECESSIDADE DE UMA ESTRATÉGIA RADICAL

Para que o diabo levasse os gentios seguidores de Cristo à desobediência à Lei de Deus, algo radical precisava ser feito.

Até algumas décadas após a ascensão de Jesus, as igrejas eram compostas por judeus da Judeia (hebreus), judeus da Diáspora (helenistas) e gentios (não judeus). Muitos dos discípulos originais de Jesus ainda estavam vivos e se reuniam com esses grupos em casas, o que ajudava a manter a fidelidade a tudo o que Jesus ensinou e exemplificou durante Sua vida.

FIDELIDADE À LEI DE DEUS

A Lei de Deus era lida e rigorosamente obedecida, assim como Jesus havia instruído Seus seguidores:
“Ele respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus (λογον του Θεου – logon tou Theou – o Tanach, Antigo Testamento) e a guardam” (Lucas 11:28).

Jesus nunca se desviou das instruções de Seu Pai:
“Ordenaste os teus preceitos, para que fossem diligentemente observados” (Salmos 119:4).

A ideia comum nas igrejas hoje — de que a vinda do Messias isentou os gentios de obedecerem às leis de Deus no Antigo Testamento — não tem qualquer fundamento nas palavras de Jesus registradas nos quatro Evangelhos.

O PLANO ORIGINAL DE SALVAÇÃO

A SALVAÇÃO SEMPRE ESTEVE DISPONÍVEL PARA OS GENTIOS

Nunca houve um tempo na história da humanidade em que Deus não permitisse que qualquer pessoa se arrependesse, recebesse o perdão de seus pecados, fosse abençoada e alcançasse a salvação após a morte.

Em outras palavras, a salvação sempre esteve disponível para os gentios, mesmo antes da vinda do Messias. Muitos nas igrejas hoje acreditam erroneamente que somente com a chegada de Jesus e Seu sacrifício expiatório os gentios passaram a ter acesso à salvação.

O PLANO IMUTÁVEL

A verdade é que o mesmo plano de salvação que existia desde o Antigo Testamento permaneceu válido nos dias de Jesus e continua válido até hoje.

A única diferença é que, enquanto antes parte do processo de perdão dos pecados incluía sacrifícios simbólicos, hoje temos o verdadeiro sacrifício do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1:29).

UNINDO-SE AO POVO DO PACTO ETERNO

O REQUISITO PARA SE JUNTAR A ISRAEL

Fora essa diferença crucial, o restante permanece o mesmo de antes de Cristo. Para que um gentio seja salvo, ele deve se unir à nação que Deus designou como Sua através do pacto eterno, selado pelo sinal da circuncisão:
“E quanto aos gentios ‏נֵכָר (nekhar – estrangeiros, forasteiros, não judeus) que se unirem ao Senhor para servi-Lo, para amarem o nome do Senhor e para serem Seus servos… e que se apegarem ao meu pacto, Eu os levarei ao Meu santo monte” (Isaías 56:6-7).

JESUS NÃO CRIOU UMA NOVA RELIGIÃO

É essencial compreender que Jesus não estabeleceu uma nova religião para os gentios, como muitos assumem.

Na verdade, Jesus raramente interagiu com gentios, pois Seu foco sempre foi a Sua própria nação:
“Jesus enviou os Doze com as seguintes instruções: Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:5-6).

O VERDADEIRO PLANO DE SALVAÇÃO DE DEUS

O CAMINHO PARA A SALVAÇÃO

O verdadeiro plano de salvação, que está em total conformidade com o que Deus revelou através dos profetas do Antigo Testamento e através de Jesus nos Evangelhos, é simples: esforce-se para ser fiel às leis do Pai, e Ele o unirá a Israel e o enviará ao Filho para o perdão dos pecados.

O Pai não envia à salvação aqueles que conhecem Suas leis, mas vivem em aberta desobediência. Rejeitar a Lei de Deus é rebelião, e não há salvação para os rebeldes.

O FALSO PLANO DE SALVAÇÃO

UMA DOUTRINA SEM FUNDAMENTO BÍBLICO

O plano de salvação pregado na maioria das igrejas é falso. Sabemos disso porque ele não tem respaldo no que Deus revelou através dos profetas no Antigo Testamento nem no que Jesus ensinou nos quatro Evangelhos.

Qualquer doutrina relacionada à salvação das almas (doutrinas primárias) deve ser confirmada por essas duas fontes originais:

  1. O Antigo Testamento (Tanach — Lei e Profetas), do qual Jesus frequentemente citava.
  2. As palavras do próprio Filho de Deus.

A FALSIDADE CENTRAL

A ideia central promovida pelos defensores desse falso plano de salvação é que os gentios podem ser salvos sem obedecer aos mandamentos de Deus. Essa mensagem de desobediência é idêntica à que a serpente pregou no Éden:
“Certamente não morrereis” (Gênesis 3:4-5).

Se essa mensagem fosse verdadeira:

  • O Antigo Testamento conteria inúmeras passagens explicando esse ponto.
  • Jesus teria declarado explicitamente que eximir as pessoas da Lei de Deus fazia parte de Sua missão como Messias.

No entanto, a realidade é que nem o Antigo Testamento nem os Evangelhos dão qualquer apoio a essa ideia absurda.

MENSAGEIROS ENVIADOS APÓS JESUS

A DEPENDÊNCIA DE FONTES FORA DOS EVANGELHOS

Os que promovem o plano de salvação sem obediência à Lei de Deus raramente citam Jesus em suas mensagens. O motivo é claro: eles não conseguem encontrar nada nos ensinamentos de Cristo que sugira que Ele veio a este mundo para salvar aqueles que desobedecem deliberadamente às leis de Seu Pai.

A AUSÊNCIA DE APOIO PROFÉTICO

Em vez disso, eles se baseiam nos escritos de indivíduos que surgiram apenas após a ascensão de Cristo. O problema com isso é que:

  1. Não há profecias no Antigo Testamento sobre qualquer mensageiro de Deus que surgiria após Jesus.
  2. O próprio Jesus nunca mencionou que alguém viria depois Dele com a missão de ensinar um novo plano de salvação para os gentios.
Um antigo profeta escrevendo em um pergaminho com uma cidade em chamas ao fundo.
Não há profecia sobre a chegada de nenhum homem encarregado de ensinar algo além do que Jesus ensinou. Tudo o que precisamos saber sobre a salvação terminou com Cristo.

A IMPORTÂNCIA DAS PROFECIAS

O REQUISITO DA AUTORIDADE DIVINA

As revelações de Deus exigem autoridade prévia e delegação para serem válidas. Sabemos que Jesus é Aquele enviado pelo Pai porque Ele cumpriu as profecias do Antigo Testamento.

No entanto, não existem profecias sobre o envio de outros indivíduos com novos ensinamentos após Cristo.

A FINALIDADE DOS ENSINAMENTOS DE JESUS

Tudo o que precisamos saber sobre a nossa salvação termina com Jesus. Qualquer escrito surgido após a ascensão de Jesus, dentro ou fora da Bíblia, deve ser considerado secundário e auxiliar, pois não há profecia sobre a chegada de qualquer homem encarregado de ensinar algo além do que Jesus ensinou.

O PADRÃO PARA A VALIDADE DOUTRINÁRIA

Qualquer doutrina que não esteja alinhada com as palavras de Jesus nos quatro Evangelhos deve ser rejeitada como falsa, independentemente de sua origem, duração ou popularidade.

PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO SOBRE A SALVAÇÃO

Todos os eventos relacionados à salvação que ocorreriam após Malaquias foram profetizados no Antigo Testamento. Estes incluem:

  • O nascimento do Messias: Isaías 7:14; Mateus 1:22-23
  • A vinda de João Batista no espírito de Elias: Malaquias 4:5; Mateus 11:13-14
  • A missão de Cristo: Isaías 61:1-2; Lucas 4:17-21
  • Sua traição por Judas: Salmos 41:9; Zacarias 11:12-13; Mateus 26:14-16; Mateus 27:9-10
  • Seu julgamento: Isaías 53:7-8; Mateus 26:59-63
  • Sua morte inocente: Isaías 53:5-6; João 19:6; Lucas 23:47
  • Seu sepultamento no túmulo de um rico: Isaías 53:9; Mateus 27:57-60

NENHUMA PROFECIA SOBRE INDIVÍDUOS APÓS JESUS

Porém, não há profecia mencionando qualquer indivíduo após a ascensão de Jesus, dentro ou fora da Bíblia, encarregado de desenvolver um caminho diferente para os gentios serem salvos — muito menos um caminho que permita a alguém viver em desobediência deliberada à Lei de Deus e ainda ser recebido no céu de braços abertos.

OS ENSINAMENTOS DE JESUS, POR PALAVRA E EXEMPLO

Um verdadeiro seguidor de Cristo molda toda a sua vida conforme o exemplo d’Ele. Jesus ensinou claramente que amá-Lo significa obedecer tanto ao Pai quanto ao Filho. Esse mandamento não é para os de coração fraco, mas para aqueles que estão focados no Reino de Deus e dispostos a fazer o que for necessário para alcançar a vida eterna. Esse compromisso pode atrair oposição de amigos, da igreja e da família.

Os mandamentos sobre circuncisão, cabelo e barba, o sábado, alimentos proibidos e o uso dos tzitzit são amplamente ignorados pelo cristianismo atual. Aqueles que escolhem não se conformar e, em vez disso, seguem esses mandamentos, provavelmente enfrentarão perseguição, assim como Jesus nos alertou em Mateus 5:10.

Seguir os mandamentos de Deus exige coragem, mas a recompensa é a vida eterna.


Parte 1: O Grande Plano do Diabo Contra os Gentios

O PLANO DE SATANÁS CONTRA OS GENTIOS

O FRACASSO DE SATANÁS E SUA NOVA ESTRATÉGIA

Poucos anos após Jesus ter retornado ao Pai, Satanás iniciou seu plano de longo prazo contra os gentios. Sua tentativa de convencer Jesus a se aliar a ele havia fracassado (Mateus 4:8-9), e todas as suas esperanças de manter Cristo no túmulo foram permanentemente destruídas pela ressurreição (Atos 2:24).

O que restava para a serpente era continuar fazendo entre os gentios o que sempre fez desde o Éden: convencer a humanidade a não obedecer às leis de Deus (Gênesis 3:4-5).

DOIS OBJETIVOS DO PLANO

Para alcançar esse objetivo, duas coisas precisavam ser realizadas:

  1. Os gentios precisavam ser afastados o máximo possível dos judeus e de sua fé — uma fé que existia desde a criação da humanidade. A fé da família, dos amigos, dos apóstolos e dos discípulos de Jesus precisava ser abandonada.
  2. Eles precisavam de um argumento teológico para aceitar que a salvação oferecida a eles era diferente da forma como a salvação sempre foi entendida desde o princípio. Esse novo plano de salvação precisava permitir que os gentios desconsiderassem as leis de Deus.

Então, o diabo inspirou homens talentosos a criar uma nova religião para os gentios, completa com um novo nome, tradições e doutrinas. A mais crítica dessas doutrinas os levou a acreditar que um dos principais propósitos do Messias era “libertar” os gentios da obrigação de guardar a Lei.

Uma rua lotada e suja no antigo Oriente Médio.
Após a ascensão de Jesus, o diabo inspirou homens talentosos a criar um plano falso de salvação para afastar os gentios da mensagem de fé e obediência proclamada por Jesus, o Messias de Israel.

O AFASTAMENTO DE ISRAEL

O DESAFIO DA LEI PARA OS GENTIOS

Todo movimento precisa de seguidores para sobreviver e crescer. A Lei de Deus, que até então vinha sendo observada pelos judeus messiânicos, começou a representar um desafio para o grupo de gentios que crescia rapidamente dentro da recém-formada igreja.

Mandamentos como a circuncisão, a observância do sétimo dia e a abstenção de certos alimentos passaram a ser vistos como barreiras para o crescimento do movimento. Gradualmente, a liderança começou a fazer concessões a esse grupo, sob o falso argumento de que a vinda do Messias incluía uma flexibilização da Lei para os não judeus — ainda que tal argumento não tivesse qualquer base no Antigo Testamento ou nas palavras de Jesus registradas nos quatro Evangelhos (Êxodo 12:49).

A RESPOSTA DOS JUDEUS ÀS MUDANÇAS

Enquanto isso, os poucos judeus que ainda demonstravam interesse no movimento — atraídos pelos sinais e maravilhas realizados por Jesus apenas algumas décadas antes e fortalecidos pela presença de testemunhas oculares, incluindo alguns dos apóstolos originais — ficaram compreensivelmente perturbados pelo abandono gradual da obrigação de observar as leis de Deus entregues através dos profetas.

Eram essas as mesmas leis que Jesus, os apóstolos e os discípulos haviam seguido fielmente.

AS CONSEQUÊNCIAS DO AFASTAMENTO

O ESTADO ATUAL DA ADORAÇÃO

O resultado, como sabemos, é que milhões agora se reúnem semanalmente em igrejas alegando adorar a Deus, enquanto ignoram completamente o fato de que esse mesmo Deus separou uma nação para Si através de um pacto eterno.

A PROMESSA DE DEUS A ISRAEL

Deus declarou claramente que nunca quebraria esse pacto:
“Assim como as leis do sol, da lua e das estrelas são imutáveis, assim também os descendentes de Israel nunca deixarão de ser a nação diante de Deus para sempre (Jeremias 31:35-37).

O PACTO ETERNO DE DEUS COM ISRAEL

SALVAÇÃO ATRAVÉS DE ISRAEL

Em nenhum lugar do Antigo Testamento lemos que haveria bênção ou salvação para aqueles que não se unissem a Israel:
“E Deus disse a Abraão: Você será uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão abençoadas todas as famílias da terra (Gênesis 12:2-3).

O próprio Jesus foi inequívoco ao afirmar que a salvação vem dos judeus:
“Porque a salvação vem dos judeus” (João 4:22).

OS GENTIOS E A OBEDIÊNCIA

O gentio que deseja ser salvo por Cristo deve seguir as mesmas leis que o Pai entregou à nação escolhida para Sua honra e glória — as mesmas leis que Jesus e Seus apóstolos observaram.

O Pai vê a fé e a coragem de um gentio assim, apesar dos desafios. Ele derrama Seu amor sobre ele, une-o a Israel e o conduz ao Filho para perdão e salvação.

Este é o plano de salvação que faz sentido porque é verdadeiro.

A GRANDE COMISSÃO

ESPALHANDO AS BOAS-NOVAS

Segundo historiadores, após a ascensão de Cristo, vários apóstolos e discípulos obedeceram à Grande Comissão e levaram o evangelho ensinado por Jesus às nações gentias:

  • Tomé foi para a Índia.
  • Barnabé e Paulo foram para a Macedônia, Grécia e Roma.
  • André foi para a Rússia e a Escandinávia.
  • Matias foi para a Etiópia.

As Boas-Novas se espalharam amplamente.

A MENSAGEM PERMANECEU CONSISTENTE

A mensagem que deveriam pregar era a mesma ensinada por Jesus e centrada no Pai:

  1. Crer que Jesus veio do Pai.
  2. Obedecer às leis do Pai.

Jesus deixou claro aos primeiros missionários que eles não estariam sozinhos em sua missão de espalhar as Boas-Novas do Reino de Deus. O Espírito Santo os lembraria do que Cristo havia ensinado durante o tempo que passaram juntos:
“Mas o Ajudador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e lhes lembrará tudo o que eu disse (João 14:26).

A instrução era continuar ensinando o que haviam aprendido de seu Mestre.

SALVAÇÃO E OBEDIÊNCIA

UMA ÚNICA MENSAGEM DE SALVAÇÃO

Em nenhum lugar dos Evangelhos vemos Jesus sugerindo que Seus missionários trariam uma mensagem diferente de salvação especialmente adaptada para os não judeus.

A FALSA DOUTRINA DA SALVAÇÃO SEM OBEDIÊNCIA

A ideia de que os gentios poderiam obter a salvação sem obedecer aos santos e eternos mandamentos do Pai está ausente dos ensinamentos de Jesus.

A ideia de salvação sem obediência à Lei não tem respaldo nas palavras de Jesus e, portanto, é falsa, independentemente de sua antiguidade ou popularidade.


A Lei de Deus: Introdução

A HONRA DE ESCREVER SOBRE A LEI DE DEUS

A MAIS NOBRE DAS TAREFAS

Escrever sobre a Lei de Deus é, possivelmente, a mais nobre das tarefas ao alcance de um simples ser humano. A Lei de Deus não é apenas um conjunto de mandamentos divinos, como muitos a percebem, mas sim a expressão de dois de Seus atributos: amor e justiça.

A Lei de Deus revela Suas exigências dentro do contexto e da realidade humana, visando à restauração daqueles que desejam ser reconduzidos à condição que tinham antes da entrada do pecado no mundo.

O SUPREMO OBJETIVO DA LEI

Ao contrário do que tem sido ensinado nas igrejas, cada mandamento é literal e inflexível para alcançar seu supremo objetivo: a salvação das almas rebeldes. Ninguém é forçado a obedecer, mas somente aqueles que obedecem serão restaurados e reconciliados com o Criador.

Escrever sobre essa Lei é, portanto, compartilhar um vislumbre do divino — um privilégio raro que exige humildade e reverência.

UM ESTUDO ABRANGENTE SOBRE A LEI DE DEUS

O PROPÓSITO DESTES ESTUDOS

Nestes estudos, abordaremos tudo o que é verdadeiramente importante saber sobre a Lei de Deus, para que aqueles que assim desejarem possam fazer as mudanças necessárias em suas vidas aqui na terra e se alinhar perfeitamente com as diretrizes estabelecidas pelo próprio Deus.

Moisés conversando com o jovem Josué diante da multidão israelita.
A sagrada e eterna Lei de Deus tem sido fielmente guardada desde o princípio dos tempos. Jesus, Sua família, amigos, apóstolos e discípulos, todos obedeceram aos mandamentos de Deus.

ALÍVIO E ALEGRIA PARA OS FIÉIS

Os seres humanos foram criados para obedecer a Deus. Aqueles que são corajosos e genuinamente desejam ser enviados ao Filho pelo Pai para perdão e salvação receberão estes estudos com alívio e alegria:

  • Alívio: Porque, após dois mil anos de ensinamentos equivocados sobre a Lei de Deus e a salvação, Deus nos confiou a produção deste material, o qual reconhecemos que vai contra praticamente todos os ensinamentos existentes sobre o assunto.
  • Alegria: Porque os benefícios de estar em harmonia com a Lei do Criador vão além do que meras criaturas podem expressar — benefícios espirituais, emocionais e físicos.

A LEI NÃO PRECISA DE JUSTIFICATIVA

A ORIGEM SAGRADA DA LEI

Estes estudos não se concentram, em primeiro lugar, em argumentos ou defesas doutrinárias, pois a Lei de Deus, quando corretamente compreendida, não necessita de justificativa, dada a sua origem sagrada.

Engajar-se em debates intermináveis sobre algo que nunca deveria ter sido questionado é um ultraje contra o próprio Deus.

A CRIATURA DESAFIANDO O CRIADOR

O próprio ato de uma criatura finita — um simples pedaço de barro (Isaías 64:8) — desafiar as regras de seu Criador, que a qualquer momento pode descartá-la entre cacos sem valor, revela algo profundamente preocupante nessa criatura.

Essa é uma atitude que deve ser urgentemente corrigida para o próprio bem da criatura.

DO JUDAÍSMO MESSIÂNICO AO CRISTIANISMO MODERNO

A LEI DO PAI E O EXEMPLO DE JESUS

Embora afirmemos que a Lei do Pai deve simplesmente ser obedecida por todos os que dizem seguir Jesus — assim como Jesus e Seus apóstolos fizeram — reconhecemos o enorme dano que foi causado dentro do cristianismo em relação à Sua Lei.

Esse dano tornou necessário explicar o que aconteceu ao longo dos quase dois milênios desde a ascensão de Cristo.

A MUDANÇA NA CRENÇA SOBRE A LEI

Muitos desejam entender como ocorreu a transição do Judaísmo Messiânico — judeus fiéis às leis de Deus no Antigo Testamento que aceitaram Jesus como o Messias de Israel enviado pelo Pai — para o cristianismo moderno, onde a crença predominante é que se esforçar para obedecer à Lei equivale a “rejeitar Cristo”, o que, naturalmente, é equiparado à condenação.

A PERCEPÇÃO ALTERADA DA LEI

DE BÊNÇÃO A REJEIÇÃO

A Lei, que antes era algo para ser meditado dia e noite pelos bem-aventurados (Salmos 1:2), passou a ser vista, na prática, como um conjunto de regras cuja obediência leva ao lago de fogo.

Tudo isso aconteceu sem qualquer respaldo no Antigo Testamento ou nas palavras de Jesus registradas nos quatro Evangelhos.

ABORDANDO OS MANDAMENTOS DESOBEDECIDOS

Nesta série, também abordaremos em detalhes os mandamentos de Deus mais desobedecidos nas igrejas ao redor do mundo, quase sem exceção, tais como a circuncisão, o sábado, as leis alimentares, as regras sobre cabelo e barba e os tzitzit.

Explicaremos não apenas como esses mandamentos claros de Deus deixaram de ser observados na nova religião que se distanciou do Judaísmo Messiânico, mas também como devem ser devidamente seguidos conforme as instruções das Escrituras — e não segundo o Judaísmo Rabínico, que, desde os dias de Jesus, tem incorporado tradições humanas à santa, pura e eterna Lei de Deus.


A Lei de Deus: Resumo da série

A LEI DE DEUS: UM TESTEMUNHO DE AMOR E JUSTIÇA

A Lei de Deus é um testemunho de Seu amor e justiça, muito além da percepção de um mero conjunto de ordens divinas. Ela oferece um caminho para a restauração da humanidade, guiando aqueles que desejam retornar ao estado sem pecado originalmente planejado pelo Criador. Cada mandamento é literal e inalterável, projetado para reconciliar as almas rebeldes e trazê-las à harmonia com a perfeita vontade de Deus.

A NECESSIDADE DA OBEDIÊNCIA

A obediência à Lei não é imposta a ninguém, mas é um requisito absoluto para a salvação — ninguém que desobedece conscientemente e deliberadamente pode ser restaurado ou reconciliado com o Criador. O Pai não enviará ao Filho aquele que intencionalmente desobedece à Sua Lei para se beneficiar do sacrifício expiatório. Somente aqueles que buscam fielmente seguir Seus mandamentos serão unidos a Jesus para o perdão e a salvação.

A RESPONSABILIDADE DE COMPARTILHAR A VERDADE

Compartilhar as verdades da Lei exige humildade e reverência, pois capacita aqueles dispostos a alinhar suas vidas às diretrizes de Deus. Esta série oferece alívio após séculos de ensinamentos distorcidos e a alegria de experimentar os profundos benefícios espirituais, emocionais e físicos de viver em harmonia com o Criador.

EXAMINANDO A MUDANÇA DE ENTENDIMENTO

Os estudos explorarão a transição do Judaísmo Messiânico de Jesus e Seus apóstolos — onde a Lei era central — para o cristianismo moderno, onde a obediência muitas vezes é mal interpretada como rejeição a Cristo. Essa mudança, sem respaldo no Antigo Testamento ou nas palavras de Jesus, levou ao abandono generalizado dos mandamentos de Deus, incluindo o sábado, a circuncisão, as leis alimentares e outros preceitos.

UM CHAMADO PARA RETORNAR À PURA LEI DE DEUS

Ao abordar esses mandamentos à luz das Escrituras, sem a influência das tradições rabínicas e do ciclo enraizado de conformidade teológica nos seminários — onde pastores herdam alegremente interpretações preconcebidas e inquestionáveis para agradar o público e garantir seus meios de vida — esta série clama por um retorno à pura e eterna Lei de Deus. A obediência à Lei do Criador jamais deve ser reduzida a uma questão de progresso profissional ou estabilidade financeira. Ela é uma expressão essencial da verdadeira fé e devoção ao Criador, conduzindo à vida eterna por meio de Cristo, o Filho de Deus.


Lista de Estudos